quarta-feira, 1 de junho de 2011

Prioridade na Educação?

Vamos verificar se o que dizem em relação à prioridade que é dada à educação no Brasil tem fundamento. Cartilha bem simples.

Primeiro, vou falar a meu respeito. Sou professor universitário, contratado em 1978 (mais de 30 anos de serviço), com mestrado concluído em 1985, e contrato de 40 horas semanais e adicional de dedicação exclusiva.

Segundo, vou dar uma olhada rápida nos concursos de hoje. Vamos dar uma olhada rápida na página da Fundação Carlos Chagas. Encontramos concurso da Infraero - Ensino Médio salários oferecidos para iniciantes variam de R$ 1.924,86 a R$ 2.482,25 e para o Ensino Superior variam de R$ 2.818,86 a R$ 4.839,19

Vejamos, tem um edital do Banco do Brasil, em andamento. Escriturário com remuneração inicial de R$ 1.280,10 para uma jornada de 30 horas semanais.

Outro da Previdência em São Paulo, em andamento. Ensino médio, com salário inicial de R$ 1.400,00

Outro do TRT de Alagoas. Ensino médio, com salário inicial de R$ 4.052,96 e de ensino superior a partir de R$ 6.611,39

Bem, isso já dá uma ligeira ideia do valor de mercado para iniciantes. Obviamente alguém com mais de 30 anos não é necessariamente um iniciante. Mas quanto seria mesmo o salário base de professor com mestrado, e dedicação exclusiva? Quanto deveria ser?

Com curso superior completo e mais o mestrado, deveria (se houvesse mesmo prioridade no ensino) ser mais do que qualquer dos números citados anteriores. Bem, recebi meu contracheque hoje. Posso lhe afirmar com toda certeza que o meu vencimento básico é muito abaixo do valor para o ensino médio do TRT de Alagoas. Na realidade gira em torno dos 62% desse valor.

Meu vencimento básico é apenas 38% do valor de um principiante no TRT de Alagoas com nível superior (mas sem mestrado). Isso não me convence que exista prioridade para a educação no Brasil. E você, o que acha?